quinta-feira, agosto 04, 2016

I dO sAiLing







Um dia acordas e decides que queres aprender a velejar.

A mãe diz que é coisa de ricos.
A irmã diz que é para arranjar namorado.
A melhor amiga diz ''Que bem!''
O amigo diz que é para cócós, mas depois rende-se e ''vem atrás da Sonia''.

Nunca pensei que velejar se conseguisse resumir em poucas palavras: desafio, liberdade e aventura.

Aprendi na vela que o stress do trabalho fica diminuido, que podemos confiar no Skipper de serviço porque ele vai-nos guiar a bom porto.

Agora vou de vela aos Sabados e deixo o pensamento vaguear por entre as ondas, os mergulhos em alto mar, as viragens de bordo, as poupas, e as bolinas.

O mundo da vela não é para cócós, é para pessoas de fibra!
Trabalhamos em equipa, contamos a semana, rimo-nos juntos, prestamos atenção à maré, à ré.
Ajustamos cabos, aprendemos o lais de guia e percebemos que o motor pode ir completamente desligado porque os teus sentidos ficam totalmente em alerta.

De cada viragem sentes o equilibrio, ouves as velas a encher ou a ficarem murchas.
Entendes que o vento é o teu melhor amigo e que o barco é o teu apoio. Mas, são ainda as pessoas que estão contigo que te ajudam a preparar a posição certa para os imprevistos.

Aprendi também que basta tu acreditares em ti próprio que consegues fazer qualquer coisa, mas as vezes se alguem sussurrar-te ao ouvido '' tu consegues '', " vai "e "não temas", transmite-te outra segurança.
Tanta que depois só queres levar o barco por ali a fora, segura a um leme que de repente não sabes bem como ... mas foi feito para ti.

Um dia gostava de navegar 24horas.

Gostava de partilhar com todos este sentimento de estar na proa e simplesmente sentir a frescura e a liberdade dentro do corpo e da cabeça.



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