quinta-feira, maio 15, 2008

BrEaTh


"Em toda a nossa vida só amamos de verdade três vezes.

Amamos aquele alguém que está sempre lá a ouvir, a entender, a gostar de nós e a quem nós chamamos, com tanto orgulho: Amigo.

Amamos quem nos ama com todo o coração e quem sabemos ser a pessoa certa, com quem iremos dividir uma casa e com quem iremos ter filhos.

Por fim, amamos a nossa alma gémea.
Aquele que não fala connosco, com quem não conseguimos falar verdadeiramente; quem nunca está lá estando sempre presente.
Aquele por quem o nosso coração dispara, que nos faz sorrir ao mesmo tempo que nos coloca a lágrima que escorrega pela nossa face.
Essa alma que sem querermos, sem notarmos, se funde com a nossa. E de um momento para o outro, passa a ser connosco um só."

E por amarmos de diferentes maneiras, as vezes somos diferentes pessoas, cada pessoa conhece uma pequena faceta de nós próprios.

Acredito que o mistério da vida é encontrar a quem conseguimos dar a conhecer em pleno, sem complexos, nem segredos, sendo genuínos, puros, verdadeiros e correctos.

Amigos,
Melhores Amigos, Amigos coloridos, Namorados, Amores platónicos, Colegas, Colegas de trabalho, Conhecidos, Estranhos.
Em cada classificação temos sempre uma personalidade mais ou menos formal, mais ou menos autêntica.
Para uns somos "o topo", para outros somos uma nódoa. Uns seduzimos, outros criticam-nos, uns perdoam-nos, outros julgam-nos. Uns aceitam-nos e compreendem-nos. Outros fingem não nos conhecer quando nos cruzamos.
Para uns pulamos de alegria por o vermos, para outros escondemo-nos.
Uns perguntam como estamos por preocupação e carinho, outros preferem saber para cuscar com alheios que nem têm categoria.
Uns não falamos regularmente e nunca nos esquecem, outros não falamos uma semana e quando ficamos lado a lado não temos assunto, embora também os adoremos.
Nuns confiamos, noutros achamos que podemos confiar, noutros sabemos o quanto, noutros sabemos que nem tão pouco. Em outros admiramos, a outros desiludimos.

Para poucos somos, para muitos parecemos, para alguns desaparecemos.

Pessoas, comportamentos, atitudes, intenções, valores, percepções, conceitos. Abstracção. Realidade.

Todos diferentes e, no fundo, se assim não fosse.. tudo era simples: Insípido.*

segunda-feira, maio 12, 2008

IdEnTiDaDe


« O que somos nós senão um conjunto de recordações, sentimentos e conhecimento?

As recordações fazem de nós as pessoas que somos. Os ensinamentos dos nossos pais, a nossa experiência, a escola, aquilo a que somos sujeitos, as dificuldades e as alegrias. Tudo isto nos molda de uma maneira incrível. Umas coisas mais que outras, a umas pessoas mais do que a outras.

Os sentimentos por outro lado fazem com que por momentos deixemos de ser nós. Eles podem fazer-nos alterações momentâneas profundas da nossa personalidade. Podem fazer-nos cometer loucuras, ficar extremamente tímidos, ou submeter-nos a reacções físicas completamente estranhas.

O nosso conhecimento é o que nos leva a sermos quem somos profissionalmente e muitas vezes ajuda a construir a nossa imagem perante os outros.

Mas o que é que interessa? O que somos? O que os outros acham que somos?
Apenas cada um de nós pode responder a isso.
Eu sou uma pessoa. Sou contente com o que sou e com a minha personalidade. Contudo tenho a certeza que sou tantas pessoas diferentes como as pessoas que me conhecem e se lembram de mim.
Da mesma maneira que não há duas pessoas iguais também não acredito que haja duas pessoas que tenham uma ideia exactamente igual daquilo que eu sou. Eu sou uma pessoa diferente para cada uma delas. Para umas sou uma pessoa melhor, para outras sou uma pessoa pior. Tudo varia com os valores pelos quais cada pessoa se guia e com a pessoa que cada uma delas é.

Não se pode agradar a gregos e a troianos. Por isso nós devemos tentar sobretudo agradar a nós mesmos para sermos felizes. Em segundo lugar, e apenas se isso for possível, tentar agradar às pessoas que amamos, porque sabemos que a opinião dessas pessoas sempre contará para nós. Caso contrário não as amaríamos.

Tanta conversa filosófica para por para fora sentimentos e emoções e raiva e frustração.
Porque complicamos tanto a vida. Porque somos tão complexos?
É assim tão difícil ser feliz com o que se tem? Querer sempre mais? Se não quiséssemos mais éramos uns infelizes também.

Mas custa querer algo que só depende de nós e que não conseguimos controlar. É verdade.

É assim… é a vida. »

By "Pedro Eduardo da Maia"