segunda-feira, abril 28, 2008

. mOnUmEnTaL sErEnAtA .

.. BaLaDa da DeSpEdIdA ..


Sentes que o tempo acabou
Primavera da flor adormecida
Qualquer coisa que não volta que voou
Que foi um rio um mar na tua vida

.....

E levas em ti Guardado
O choro de uma balada
Recordações de um passado
O bater da velha cabra

Capa negra de Saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo para a vida

Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
E no lento cerrar dos olhos teus
Fica a esperança de um dia aqui voltar .!
...
Capa negra de Saudade
No momento da partida
Segredos desta cidade
Levo comigo para a vida .

sexta-feira, abril 11, 2008

.. You ´d Still Be Mine ..



If the mountains felt some day
If the rivers dry away
If the sun didn’t shine no more
If the stars all disappeared
If the moon passed away
If time stopped eternally
If the rain never felt again
If all flowers were cut down
If the clouds were always grey

If mouths never spoke again
If lips never smiled
If tears dropped constantly
If children never played in joy
If friends never held their hands
If prayers were all in vain
If songs were all of sadness
If words were all lies
If kisses were always far

If hands never touched
If life seemed meaningless
If souls were filled with emptiness
If distances were unreachable
If freedom was just a dream
If mistakes were unforgivable
If feelings were all lost
If hurt was inside everyone
If hearts never felt again

You’d still be mine!

sexta-feira, abril 04, 2008

.. oNe LoSt NoTe ..


"Foi um apontamento que tinha no caderno de contabilidade que te trouxe aqui, e curiosamente é também um apontamento que fiz num outro caderno que me trás aqui hoje.


Caminho pela rua e não vejo nada... Apenas o céu, vermelho escuro, laranja, deslumbrante, lindo ao comtemplar o anoitecer das cidades.

Trago comigo uns sorrisos. Contam-se pelos dedos de uma mão e mesmo assim alguns deles já foram amputados. Tenho pouco que me guie, portanto.

Acelero o passo.

Quando me deixo levar, quando penso, acelero sempre o passo. Sem nunca cair, ando cada vez mais depressa, sem notar as gotas de suor que se formam na testa, nem as pernas que se começam a cansar. Vou rápido como o pensamento, literalmente. Mas não vejo nada. Tropeço, e no curto espaço de tempo que levo a cair os 90º de um ângulo recto, sinto todo o cansaço que até agora não tinha notado. Perdi-me. E estou a cair. Lentamente, mas ao mesmo tempo a uma velocidade imensurável! Faltam 5º para o chão.
Páro.
Então!!!?? Eu ia a cair! O que é isto?
Ali parada, olho para o chão. Não é um caminhu, nem sequer estou na mesma rua. É de vidro. Não. De diamante. Polido e brilhante. Ofusca.. Nele vejo reflectido os sorrisos que transportava. Nenhum é amarelo, são todos brancos, puros. Não me deixam cair, incrivel. Eram tão pequenos, mas agora não me deixam cair e sao o meu sustento, ansia, suspiro, emoçao...


Olho para o teu. É lindo...

Tocas-me, lentamente, não querendo estragar algo tão frágil. Com um dedo. Um dedo, que sinto como se fosse uma pena, suave e lentamente percorrendo a minha face, meu corpo... Um dedo que contorna os meus olhos e desce as pálpebras. Pára na ponta de meu nariz, e segue para os lábios. Um dedo que me silencia.
Shiu...
Olhas-me. Simplesmente.
(agora entra .. mas pensa.. se te tocassem, após um tratamento de insensiblidade por muito tempo, saberias distinguir riso de sorriso? E, sendo um sorriso, saberias olhar para os olhos em vez da boca? Mas só verei na boca aquilo que me ocorrer à cabeça, não aquilo que verdadeiramente queres dizer. Por isso, mesmo sem saberes, me silencias. Estranhamente, é daquelas coisas em que de pouco me serve ser perspicaz, pois normalmente perspicácia a mais leva a erros...Tento silenciar-me, como me dizes. Acalmo-me, aceito-te como sorriso e não como boca. Aceito-te como me dás.

Quero-te, mas suavemente. Vem, entra! Conhece-me, para mais tarde me poderes reconhecer, para não custar tanto na primeira vez que nos virmos. Para te poder dizer "olá" e estar tudo explicado.
Caí por fim. Mas já não é diamante. São almofadas. Tantas... Ainda está o teu dedo nos meus lábios. Ainda não aprendi a me silenciar muito bem, mas agora quero-te.


Quero-te suavemente...


Não me quero levantar, mas também não quero cair! Desejo sentar-me, e contar-te uma história.
Contar-te eu.
Mostrar-te eu."