segunda-feira, maio 12, 2008

IdEnTiDaDe


« O que somos nós senão um conjunto de recordações, sentimentos e conhecimento?

As recordações fazem de nós as pessoas que somos. Os ensinamentos dos nossos pais, a nossa experiência, a escola, aquilo a que somos sujeitos, as dificuldades e as alegrias. Tudo isto nos molda de uma maneira incrível. Umas coisas mais que outras, a umas pessoas mais do que a outras.

Os sentimentos por outro lado fazem com que por momentos deixemos de ser nós. Eles podem fazer-nos alterações momentâneas profundas da nossa personalidade. Podem fazer-nos cometer loucuras, ficar extremamente tímidos, ou submeter-nos a reacções físicas completamente estranhas.

O nosso conhecimento é o que nos leva a sermos quem somos profissionalmente e muitas vezes ajuda a construir a nossa imagem perante os outros.

Mas o que é que interessa? O que somos? O que os outros acham que somos?
Apenas cada um de nós pode responder a isso.
Eu sou uma pessoa. Sou contente com o que sou e com a minha personalidade. Contudo tenho a certeza que sou tantas pessoas diferentes como as pessoas que me conhecem e se lembram de mim.
Da mesma maneira que não há duas pessoas iguais também não acredito que haja duas pessoas que tenham uma ideia exactamente igual daquilo que eu sou. Eu sou uma pessoa diferente para cada uma delas. Para umas sou uma pessoa melhor, para outras sou uma pessoa pior. Tudo varia com os valores pelos quais cada pessoa se guia e com a pessoa que cada uma delas é.

Não se pode agradar a gregos e a troianos. Por isso nós devemos tentar sobretudo agradar a nós mesmos para sermos felizes. Em segundo lugar, e apenas se isso for possível, tentar agradar às pessoas que amamos, porque sabemos que a opinião dessas pessoas sempre contará para nós. Caso contrário não as amaríamos.

Tanta conversa filosófica para por para fora sentimentos e emoções e raiva e frustração.
Porque complicamos tanto a vida. Porque somos tão complexos?
É assim tão difícil ser feliz com o que se tem? Querer sempre mais? Se não quiséssemos mais éramos uns infelizes também.

Mas custa querer algo que só depende de nós e que não conseguimos controlar. É verdade.

É assim… é a vida. »

By "Pedro Eduardo da Maia"

2 comentários:

Anónimo disse...

Um texto com pés e cabeça e que se nota ter vindo do fundo do coração. Se sempre continuares a escrever assim, sempre continuarei a ler os teus textos.

;)

SoNie disse...

Palavras soltas, pensamentos escondidos, opinioes formadas, questoes ambiguas e filosoficas, tudo num so texto com uma harmonia encantadora e profunda.
Da gosto identificarmo-nos com o que lemos e no fundo reavivar o que um dia tb ja nos passou pela cabeça ..
Acima de tudo ha sempre essas duas coisas que nos ocupam a mente e o coracao .. a identidade e o amor :) !
Um beijinho ao "Pedro" .. e nao cales em ti a força e o dom da palavra!
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